O Beira Vouga atinge as mil edições
Assinalamos com esta publicação, a milésima edição do Jornal Beira Vouga. Cada edição que chega às mãos dos nossos leitores é fruto de um trabalho que reúne os esforços de toda uma equipa que se empenha para que seja possível assegurar, com dignidade, a cobertura informativa dos concelhos de Sever do Vouga e Albergaria-a-Velha.
Esta milésima edição representa o esforço e o envolvimento de muitas pessoas que, ao longo dos 52 anos do Jornal Beira Vouga, se dedicaram a este projecto. Dos fundadores aos ex-directores, passando pelos funcionários, colaboradores e anunciantes, sem esquecer para quem trabalhamos todos os dias, os nossos leitores.
Para que esta milésima edição fosse possível, foram muitos os obstáculos ultrapassados ao longo dos tempos. Das saídas irregulares, durante o período da Revolução dos Cravos, aos cortes das pequenas verbas de indiscutível interesse público pelo Governo, as dificuldades foram sendo contornadas pelos vários responsáveis deste projecto, como acontece até os dias de hoje.
Fundado, em 1941, por Vasco de Lemos Mourisca, o Jornal Beira Vouga durante vários anos serviu apenas o concelho de Albergaria-a-Velha. A sua primeira fase teve a duração de 12 anos (1941/1953) e chegou a ter Augusto Martins Pereira como seu proprietário. Em 1962 o Beira Vouga dá inicio a sua segunda fase e ressurge pelas mãos de José Figueiredo, proprietário da Tipografia Vouga e agora também do jornal. A partir de 1980, as dificuldades económicas fazem com que as saídas sejam irregulares e em 1985 Fausto Meireles retoma a publicação. Mais tarde, pelas mãos de Augusto Silva, novo proprietário do jornal, o Beira Vouga passa a abranger também Sever do Vouga.
Numa fase mais recente, depois de mais de dez anos, à frente do jornal, Augusto Silva, cujo esforço para manter esta publicação deve ser reconhecido, despediu-se do título e, em Maio de 2005, o Beira Vouga passou a fazer parte do Grupo Media Centro, que abraçou o desafio de dar continuidade a este projecto. Os últimos oito anos trouxeram uma maior estabilidade ao Beira Vouga que viu reforçada a sua componente informativa.
Beira Vouga, 2ª quinzena de Setembro de 2013
17-Set-2013
O NOSSO OBRIGADO
Com a humildade de sempre, o Jornal “Beira Vouga” assinala com esta edição mais um aniversário, o 54º. Nesta caminhada de mais de meio século colaboraram várias gerações num esforço continuado de não deixar interromper uma publicação que constituirá seguramente a mais longa e a mais regular dos concelhos que serve. Vai para essas gerações a nossa primeira saudação com um profundo respeito pelo trabalho desenvolvido e pelo esforço despendido.
Saudamos com igual carinho e particular amizade os nossos Leitores habituais e os nossos Assinantes fiéis, muitos dos quais nos acompanham há várias dezenas de anos, numa atitude de colaboração amiga que nos ajuda a viver e nos incentiva a continuar. Tal como os nossos Anunciantes que, apesar das suas próprias dificuldades motivadas por uma crise longa e persistente, compreendem a nossa função e, sempre que podem, disponibilizam o apoio publicitário sem o qual não poderíamos viver. A todos o nosso obrigado sincero e humilde.
Uma palavra mais, de reconhecimento, aos nossos Assinantes que mantêm em dia o pagamento das respectivas assinaturas. Nos últimos meses fizemos todos, o Jornal e esses Assinantes, um esforço acrescido para nos mantermos dentro das exigências legais que impõem que as assinaturas de cada ano sejam pagas impreterivelmente até ao fim do mês de Junho, sob pena de perdermos os escassos benefícios que o Estado nos concede na distribuição pelos Correios. Àqueles que ainda não procederam a esse pagamento, renovamos aqui o nosso apelo.
Com esta vasta família, complementada por uma equipa de profissionais, jornalistas e promotores de publicidade, aqui estamos para continuar, mais confiantes que tranquilos. Continuaremos a dar o nosso melhor para facultar com dignidade aos nossos leitores uma informação séria e responsável, comprometidos apenas com os interesses da nossa região e das suas gentes. Se os nossos Assinantes continuarem a compreender a nossa insistência no pagamento atempado do Jornal e as empresas e entidades reconhecerem o interesse público da nossa função, estamos certos que esta caminhada honrará nos anos futuros todo o nosso passado que assumimos na sua totalidade. É certo que os tempos que aí vêm não anunciam nada de muito melhor. Receamos mesmo que os próximos anos continuem a ser de extrema exigência para todos. Mas o desânimo não é nunca o melhor companheiro.
A Direcção
Publicado em 07 julho 2015
Jornal Beira Vouga: 54 anos de mãos dadas
Com esta edição, a número 1.040, assinalamos o 54.º aniversário do Jornal Beira Vouga. Sem holofotes virados para nós porque a nossa natureza não é essa. É com espírito de missão que trabalhamos. E é com gosto que o fazemos, mesmo quando nos doem os sacrifícios, que existem e não são tão poucos quanto isso. Cada número que chega às mãos dos nossos leitores é fruto de um trabalho que reúne esforços de toda uma equipa.
Somos dos projectos informativos com vida mais longa da nossa região. Temos orgulho nisso e somos gratos a quem nos abriu caminho. Sabemos das muitas dificuldades ultrapassadas por quem esteve aqui antes de nós. Também nós temos afastado algumas pedras. Um exercício que nos tem feito criar músculo.
Fundado por Vasco de Lemos Mourisca, durante vários anos, o Jornal Beira Vouga serviu apenas o concelho de Albergaria-a-Velha. A sua primeira fase teve a duração de 12 anos (1941/1953) e chegou a ter o Comendador Augusto Martins Pereira como seu proprietário. Em 1962 o Beira Vouga dá início a sua segunda fase, com José Figueiredo, e mais tarde, com Augusto Silva chega a Sever do Vouga. Quando um jornal conta as histórias de uma região há tanto tempo, acaba também por fazer um pouco de história.
Há dez anos, o Beira Vouga iniciou um novo ciclo pelas mãos de Lino Vinhal. Com uma vastíssima experiência na imprensa regional, deu um novo fôlego ao jornal que passou a ter saídas em dias certos, um conteúdo informativo reforçado e uma publicidade mais dinâmica. Tudo isto ajudou a fortalecer este projecto editorial que ganhou uma maior estabilidade. A edição da 2.ª quinzena de Maio de 2005, a primeira sob a orientação atenta, próxima e cuidada de Lino Vinhal, marcava o início dessa nova fase.
Nestes últimos dez anos, muitas páginas foram escritas. Acompanhamos de muito perto projectos importantes para a nossa região e demos a conhecer as histórias das nossas gentes. Pessoas que nos inspiraram através de testemunhos que agarraram os nossos corações e nos embalaram pela noite dentro num sentimento de esperança. Nesta década, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga ganharam uma nova dinâmica que foi registada nas mais de 4 mil páginas das cerca de 230 edições impressas. É verdade, temos trabalhado muito. Mas estamos longe de estar satisfeitos.
A reestruturação iniciada há dez anos não terminou. Somos um projecto vivo e queremos continuamente descobrir novos caminhos. Mas não queremos caminhar sozinhos. Queremos olhar à nossa volta e continuar a ver a comunidade envolvida num projecto que é de todos. As nossas páginas estão abertas a todos os que vierem por bem e quiserem engrandecer a nossa região. Vemos nas críticas e sugestões o incentivo necessário para dar um novo fôlego e ritmar a nossa caminhada. É por isso que somos muito gratos aos nossos Assinantes e Anunciantes que já entenderam a importância que o seu apoio tem para este projecto colectivo.
No fim de mais uma Feira Nacional do Mirtilo, um evento que nos diz muito porque divulga um produto de excelência da nossa região, deixo aqui uma pequena reflexão. Entre a I edição e a VIII, que agora termina, muitas histórias foram contadas. Em 2008, durante a I Feira do Mirtilo, as expectativas eram grandes, assim como a descrença e até indiferença de alguns. Naquela altura, eu gostava de chamar o mirtilo de ‘Fruto da Juventude’. Durante esses anos, muito escrevi sobre as dificuldades e desafios do sector. Sobre as vitórias também. No fim de mais uma edição, o cenário actual exige uma maior preparação, dedicação e competência. O mercado pede cada vez mais de quem produz. As dificuldades continuam a testar a persistência dos produtores que, entretanto, tiveram tempo de aprender. Os desafios podem ser até maiores, mas a verdade é que, colheita após colheita, quem produz ganhou ainda mais experiência. E eu continuo a acreditar que a terra devolve aquilo que lhe damos. É por isso que, hoje, gosto de chamar o mirtilo de ‘Rei dos Antioxidantes’. Pelo caminho que percorreu, pelo que deu a quem nele investiu e pela história que ajudou a construir, a coroa é bem merecida. Quero acreditar que, por vezes, a vida e a agricultura andam de mãos dadas.
Fernanda Ferreira
Publicado em 07 julho 2015
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